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Reinaldo Martinazzo

Não Seja um Alvo Fixo: Confunda Seus Concorrentes se Tornando um Alvo Móvel.

Durante a Batalha de Gaugamela, Alexandre o Grande enfrentou o imponente exército de Dario III da Pérsia. Em vez de atacar imediatamente, Alexandre optou por manter suas tropas descansadas e bem alimentadas por quatro dias. Essa pausa estratégica gerou incerteza e ansiedade entre as forças persas. Quando finalmente atacou, Alexandre usou uma manobra inesperada, avançando de forma oblíqua e com velocidade surpreendente, abriu um flanco desorganizando o plano de batalha de Dario e forçando-o a adaptar suas táticas às pressas. O resultado foi o caos nas fileiras persas, culminando na vitória decisiva de Alexandre e na fuga de Dario do campo de batalha.

Assim como Alexandre utilizou a imprevisibilidade para vencer um adversário mais forte, as organizações modernas devem adotar estratégias dinâmicas para confundir seus concorrentes e conquistar vantagens competitivas.

O Marketing é uma Guerra

No campo de batalha dos negócios, as empresas que permanecem estáticas tornam-se alvos fáceis. No marketing, as verdadeiras batalhas acontecem na mente dos consumidores. Profissionais de marketing estudam a posição dos concorrentes, analisam movimentos potenciais e elaboram estratégias para abrir flancos ou surpreender a concorrência.

Um profissional de marketing inquieto nunca aceita que um concorrente consolidado em um mercado cativo não tenha pontos de vulnerabilidade. Ele também sabe que o planejamento estratégico de uma organização é essencial, mas deve ser elaborado com flexibilidade para evitar fragilidades.

A Importância da Flexibilidade

O mercado apresenta um dinamismo crescente, exigindo que as organizações estejam atentas e flexíveis. As empresas precisam adaptar metas, previsões e processos de decisão para responder rapidamente às mudanças do mercado. A flexibilidade deve ser aplicada nos seguintes pontos:

  • Metas e objetivos: Metas rígidas podem limitar a capacidade da organização de explorar novas oportunidades.
  • Previsões inflexíveis: Dependência excessiva de dados históricos pode resultar em previsões desatualizadas.
  • Burocracia e lentidão: Estruturas organizacionais burocráticas podem retardar decisões e implementação de mudanças necessárias.
  • Incapacidade de inovar: Culturas resistentes a mudanças sufocam a inovação e a experimentação.
  • Negligência ao feedback do mercado: Desconexão com a realidade externa pode tornar o plano irrelevante.
  • Subestimar a concorrência: Não monitorar a concorrência pode levar a surpresas desagradáveis.
  • Planejamento de longo prazo: Focar demais no longo prazo pode dificultar ajustes rápidos.

Para mitigar essas fragilidades, adote metodologias ágeis que permitam revisões e ajustes frequentes. Desenvolva uma cultura organizacional que valorize a inovação e a adaptabilidade. A descentralização da tomada de decisões é fundamental, permitindo que as equipes mais próximas do mercado ajam rapidamente.

O Exemplo da Nike

Poucas marcas simbolizam mais a eficiência e competitividade alemã do que a Adidas. Fundada em 1920, a Adidas rapidamente se destacou, e na Olimpíada de 1936, os atletas que usavam seus produtos conquistaram 40 medalhas de ouro. No entanto, a Nike, fundada em 1964 como “Blue Ribbon Sports”, adotou uma abordagem inovadora que a catapultou ao topo.

Ao terceirizar a produção e focar em inovação, design arrojado e parcerias estratégicas com atletas de alto desempenho, a Nike revolucionou o marketing no setor esportivo. A assinatura do contrato com Michael Jordan em 1984 criou uma nova cultura de calçados esportivos que mesclava desempenho atlético com moda.

Quando o mercado de calçados começou a saturar, a Nike se adaptou, expandindo sua linha de produtos para incluir roupas esportivas e acessórios. Enquanto Adidas mantinha controle sobre todo o processo, a Nike dominava um conceito, inovação contínua e adaptação rápida às mudanças do mercado. Como resultado, a Nike superou suas concorrentes, tornando-se líder mundial em artigos esportivos.

Lições para os Gestores

Esses exemplos suscitam uma dúvida: é melhor ser o primeiro ou ser o melhor? Ser o primeiro pode trazer vantagem inicial, mas a verdadeira vitória está na percepção do mercado e na capacidade de adaptação. A flexibilidade e a inovação contínua são essenciais para se manter competitivo em um mercado em constante evolução.

Reflita sobre suas estratégias empresariais e considere como pode se tornar um alvo móvel, confundir seus concorrentes e garantir a vitória no competitivo mercado atual.

Reinaldo Martinazzo

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