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Reinaldo Martinazzo

“Parla! Perché non Parli?” Como Fazer Sua Empresa “Falar” e Inovar.

A história conta que Michelangelo, ao concluir sua magnífica escultura de Moisés, ficou tão impressionado com a perfeição da obra que, tomado por um momento de alucinação, golpeou-a com um martelo enquanto gritava: Parla! Perché non parli?” (Fala! Por que não falas?). A escultura, de tão impecável, parecia quase viva, faltando apenas o dom da fala. Esse episódio certamente deu origem à expressão “só falta falar,” e inspira reflexões até hoje.

Agora, imagine: sua empresa já chegou a esse nível? Ela está “falando” com você? Ou permanece como uma obra inacabada, silenciosa, e que não revela o que você precisa saber para tomar decisões estratégicas?

A Importância de Ouvir Sua Organização

A comunicação interna de uma empresa não acontece apenas entre pessoas; ela se manifesta também pelos dados, sistemas e processos que sustentam a organização. Durante minha experiência como analista de Organização e Métodos, aprendi que a verdadeira riqueza de informações de uma empresa reside, muitas vezes, em sua contabilidade. Quando estruturada a partir de um plano de contas bem concebido, a contabilidade gera dados valiosos que podem se transformar em informações confiáveis e estratégicas.

Este aprendizado foi essencial ao ingressar no marketing. Assim como a escultura de Michelangelo precisava de vida, as empresas precisam de um bom Sistema de Informações de Marketing (SIM). Um SIM confiável permite que os dados internos “falem” com clareza, orientando a tomada de decisões e complementando as pesquisas externas.

Sem uma base sólida de conhecimento interno, qualquer projeto de pesquisa se torna falho, pois é impossível definir objetivos claros e ações eficazes sem entender o que já se sabe e o que falta saber.

Cultura da Informação: O Hábito que Transforma

Ter um sistema funcional, como um CRM (Customer Relationship Management), é um passo importante, mas não suficiente. A verdadeira diferença está em cultivar uma cultura da informação. Esse hábito organizacional implica analisar dados continuamente, convertê-los em insights e utilizá-los para provocar mudanças e inovações.

Peter Senge, em sua obra sobre organizações que aprendem, destaca que a informação deve causar um “desconforto criativo”. Esse incômodo é saudável: ele motiva equipes a questionarem o status quo, a buscarem soluções inéditas e a inovarem constantemente.

Imagine uma empresa onde essa provocação é constante, onde o desconforto torna-se um impulso natural para a inovação. Isso cria uma organização inquieta, inconformada com o ordinário, capaz de se adaptar rapidamente ao mercado e manter sua relevância.

Marteladas Bem-Vindas

A metáfora das “marteladas” de Michelangelo é uma poderosa analogia para o ambiente empresarial. Assim como o artista buscava a perfeição em sua obra, as empresas precisam de estímulos que as tirem da letargia. Inserir “tubarões no aquário” — desafios que forcem a equipe a se manter alerta e criativa — pode ser a chave para evitar o conformismo e fomentar o crescimento.

Esses estímulos não precisam ser grandes revoluções; podem ser pequenas mudanças diárias, como a análise contínua de métricas ou o questionamento de práticas estabelecidas. O importante é manter a busca por excelência, assim como Michelangelo nunca se conformava com menos do que o sublime.

Sua Empresa Está Pronta para Falar?

Se a resposta for “não,” é hora de agir. Investir em um Sistema de Informações confiável, cultivar uma cultura da informação e estimular sua equipe com “marteladas” estratégicas pode transformar sua organização. O objetivo não é apenas ouvir sua empresa, mas fazer com que ela “fale” claramente, conduzindo decisões estratégicas e abrindo caminhos para a inovação.

Lembre-se: a perfeição não é um ponto de chegada, mas um processo contínuo. Tal como Michelangelo, pergunte-se sempre: o que está faltando para minha obra — ou minha organização — ganhar vida?

Reinaldo Martinazzo

Nem todo assédio é explícito — às vezes, ele veste terno, ocupa cargo de liderança e se esconde atrás da desculpa da “gestão estratégica”. Este artigo lança luz sobre um fenômeno silencioso e corrosivo nas organizações: o “stalker corporativo” — aquele líder que, por insegurança ou sede de controle, boicota o crescimento de seus liderados, sabota oportunidades e transforma a retenção de talentos em aprisionamento. Quantos profissionais brilhantes sua empresa já perdeu por não saber (ou não querer) libertá-los? Talvez esteja na hora de olhar para dentro.
Você já pensou que, enquanto cuida com rigor da sua conduta ética no consultório, sua imagem nas redes pode estar dizendo outra coisa? Médicos que não compreendem o peso da reputação digital correm o risco de perder espaço — não por falta de competência, mas por ausência de posicionamento. Neste artigo, baseado na palestra Comunicação e Redes Sociais, que realizo nesta segunda-feira (28/07/2025) na Associação Médica do Paraná – AMP, compartilho um guia prático e reflexivo sobre como transformar as redes sociais em aliadas estratégicas da sua carreira médica, sem abrir mão da ética, da autenticidade e do propósito.
Neste artigo, reflito sobre a resistência que muitos profissionais têm em abandonar perfis pessoais consolidados para assumir uma presença digital realmente estratégica e alinhada à sua atuação profissional. Discuto o apego ao número de seguidores, os riscos da superexposição e a importância de alinhar imagem, propósito e ética — sempre respeitando as normas dos conselhos de classe. Porque no fim, a pergunta que importa é: Você quer ser lembrado pela sua relevância ou pela sua popularidade?
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